Ol\u00e1, ol\u00e1, ol\u00e1, muito bom dia como \u00e9 que t\u00e1 voc\u00ea?
\nSeja bem vindo sempre.
\nPois \u00e9…
\nEu estava l\u00e1 no bandej\u00e3o, comendo entre as pessoas mais pobres, numa cidade qualquer…
\nEra uma comida muito mais simples do que a gente pode imaginar; tratava-se sim de um bandej\u00e3o gratuito, era uma distribui\u00e7\u00e3o de comida; era um arroz, um caldo de feij\u00e3o, uma saladinha de tomate com um pouco de cebola, um pouco de pepino, uma comida bastante simples, e em meio a pessoas simples.
\nComida para ser comida em p\u00e9, n\u00e3o sentado, porque n\u00e3o tinha lugar para sentar, ent\u00e3o, tinha que ser comida em p\u00e9, com pessoas que mau sabiam falar, mau sabiam se comunicar; a comunica\u00e7\u00e3o, um bocado grosseira, porque aquela gente n\u00e3o tinha aquela finesse, daqueles que est\u00e3o acostumados a sal\u00f5es; aquele pessoal n\u00e3o est\u00e1 acostumado a sal\u00f5es, a n\u00e3o ser o sal\u00e3o paroquial duma Igreja qualquer, por isso, n\u00e3o t\u00eam muito traquejo, absolutamente, com o conv\u00edvio social; ao mesmo tempo que o cara come, voc\u00ea percebe ele limpando os dentes com a ponta da unha, voc\u00ea percebe ele cuspindo do lado aquilo que a pr\u00f3pria boca identifica como algo estranho, mas ele est\u00e1 comendo aquela comida.
\nPercebo que s\u00e3o pessoas que muitas vezes n\u00e3o conseguem uma identifica\u00e7\u00e3o social, justamente por conta de todos esses tra\u00e7os que foram descritos; pessoas, que ao mesmo tempo que est\u00e3o comendo, est\u00e3o limpando a m\u00e3o na pr\u00f3pria roupa, est\u00e3o se co\u00e7ando. Mas s\u00e3o seres humanos, pessoas, homens e mulheres que vivem onde o Esp\u00edrito Santo de Deus tamb\u00e9m est\u00e1.
\nS\u00e3o homens e mulheres preparados para te dar um bom dia com aquele sorriso duro, aquele sorriso de quem viveu de fato, n\u00e3o viveu em carros e carruagens, e avi\u00f5es n\u00e3o, aquela pessoa do p\u00e9 rachado, aquela pessoa que saiu de um lugar foi para outro andando de sol a sol, e foi buscar o que, \u00e0s vezes, aquilo que nem ele sabia o que era; ele foi buscar algo que ele jamais imaginava o que seria, e, depois, cansado, \u00e0s vezes at\u00e9 desanimado por n\u00e3o ter conseguido o que precisava, ele volta, fazendo a mesma trajet\u00f3ria; agora j\u00e1 sem sol, de p\u00e9 ou melhor, descal\u00e7o n\u00e9, andando a p\u00e9, ningu\u00e9m vai parar para lhe dar carona, ningu\u00e9m vai fazer absolutamente nada por ele. Talvez, um ou outro meta as m\u00e3os no bolso e lhe jogue uma moeda pelo caminho, ou talvez, chegue a ele e entregue-lhe uma moeda nas m\u00e3os… N\u00e3o sei, n\u00e3o sei…
\nSei que eu estava ali, comendo aquela comida e a\u00ed eu lembrei de uma palavra que diz assim:<\/p>\n

“Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos j\u00e1 viram a tua salva\u00e7\u00e3o,
\na qual preparaste diante de todos os povos:
\nluz para revela\u00e7\u00e3o aos gentios, e para gl\u00f3ria do teu povo de Israel.” (Lc 2:29-32)<\/p>\n

\u00c9 claro que este C\u00e2ntico de Sime\u00e3o fala particularmente de Jesus o Cristo de Nazar\u00e9, do nascimento d\u2019Aquele que \u00e9 a pr\u00f3pria Salva\u00e7\u00e3o, que \u00e9 a Luz para revela\u00e7\u00e3o, mas, ao mesmo tempo eu percebo que esta palavra, fala dessas pessoas desvalidas, dessas pessoas que est\u00e3o jogadas pelos cantos, pela estrada. E porque jogadas?
\nPorque se ousarem andar pelo meio da estrada um carro poder\u00e1 lhes atropelar.
\nS\u00e3o pessoas que n\u00e3o tem nada al\u00e9m da roupa do corpo. E isso, quando t\u00eam a roupa no corpo; sapato j\u00e1 n\u00e3o tem mais, n\u00e3o tem mais porque de tanto que anda, o sapato se vai, o sapato gasta a ponto de come\u00e7ar a gastar a sola do p\u00e9, como se a sola do p\u00e9 fosse parte integrante daquele sapato.
\nE a passagem continua, e eu percebo que Deus fala claramente dessas pessoas; Deus fala claramente que a Salva\u00e7\u00e3o do Senhor, est\u00e1 justamente no momento que cada uma dessas pessoas repudia a Barrab\u00e1s em seu cora\u00e7\u00e3o, e passa a adornar o seu cora\u00e7\u00e3o com aquele sorriso de sempre, aquele sorriso sem dentes na boca, aquele sorriso duro, aquele sorriso de um homem que sofreu, de um homem que vem apanhando a vida inteira; de um homem que apanha do rico, apanha do pobre, apanha do vizinho; ele tem dignidade sim, mas ele apanha, ele apanha porque ele \u00e9 para os demais, a esc\u00f3ria da sociedade, ele \u00e9 a pessoa que n\u00e3o tem onde dormir, n\u00e3o tem o que comer, que n\u00e3o tem o que vestir e que mau sabe se comunicar, mas, ele est\u00e1 a um passo al\u00e9m da maioria, porque ele n\u00e3o tem mais o que deixar para tr\u00e1s, ele j\u00e1 deixou tudo o que tinha para tr\u00e1s; ou melhor, ele nunca teve, consequentemente ele pode deixar tudo o mais. O que \u00e9 que ele tem?
\nA roupa no corpo, talvez, nem a tenha mais; sapato nos p\u00e9s, talvez, nem o tenha mais; emprego, o emprego \u00e9 aquele que algu\u00e9m lhe d\u00e1 de \u00faltima hora, para que ele possa ganhar uma moeda, duas ou tr\u00eas, ele n\u00e3o tem mais nada; ele tem sim a sua \u201cv\u00e9inha\u201d em casa, os seus \u201cbarrigudinho\u201d em casa, quer dizer, naquela tapera ou \u00e0s vezes, debaixo da ponte que \u00e9 onde ele mora.
\nEu vou confessar pra voc\u00eas, aquela comida, naquele bandej\u00e3o n\u00e3o estava das melhores no sentido de riqueza, n\u00e3o estava das mais apetitosas no sentido da beleza, do desenho no prato; mas foi a melhor que eu comi, porque aquela comida me mostrou o homem na sua pureza; aquele homem que disputa na bandeja aquele \u00faltimo gr\u00e3o de arroz, porque talvez, ele n\u00e3o tenha outro gr\u00e3o de arroz depois.
\nEu lembro bem que eu estava comendo a comida, e, no finalzinho, tinha um pedacinho de tomate, e chegou um amigo meu, conhecido meu e disse: Ah! Est\u00e1 comendo a\u00ed? Est\u00e1 bom?
\n\u00c9 t\u00e1 gostoso, peguei aquele pedacinho de tomate com a colher e ofereci para ele. Ele pegou, meio sem querer, quase com nojo…
\nEle pegou o pedacinho de tomate, e eu disse: Pegue tudo que tem na colher, porque embaixo do tomate tem um pedacinho de pepino, e isso, d\u00e1 um outro sabor; ele pegou meio sem jeito, meio sem gra\u00e7a, meio com nojo, mas pegou.
\nEsse meu amigo, talvez, nunca tivesse comido num bandej\u00e3o daquele, ent\u00e3o, n\u00e3o tinha ideia do que fosse aquilo.
\nE eu vou te dizer que essa foi a melhor experi\u00eancia da minha vida at\u00e9 este momento, e pena, pena mesmo, pena que foi um sonho…
\nPena que foi um sonho, porque ali Deus me mostrou qu\u00e3o dif\u00edcil \u00e9 para um rico entrar no c\u00e9u.
\nN\u00e3o porque o rico n\u00e3o possa, pode, mas ele tem muita coisa para deixar para tr\u00e1s, muita coisa…
\nS\u00e3o muitos os deuses, que habitam o seu cora\u00e7\u00e3o: o nojo, a inveja, a falsidade, a gan\u00e2ncia, a falta de respeito… Ah! S\u00e3o tantas as coisas, minha gente.
\nE ai eu vi o quanto Sime\u00e3o se maravilhou ao ver o Menino Jesus, e, teve a certeza, justamente porque ele estava com o Esp\u00edrito Santo sobre ele. E s\u00f3 quando voc\u00ea est\u00e1 com o Esp\u00edrito Santo, sobre voc\u00ea, \u00e9 que voc\u00ea presta aten\u00e7\u00e3o nas coisas mais simples; naquelas que n\u00e3o s\u00e3o, que \u00e9 justamente para confundir as que s\u00e3o.
\nPense nisso, que Deus te aben\u00e7oe, proteja, guarde, liberte e restaure em Nome de Jesus.
\nEu n\u00e3o sou digno, mas, a gra\u00e7a do Senhor \u00e9 que est\u00e1 sobre mim e me permite estar aqui coberto pelo Manto do Sangue Carmesim e pela Armadura completa:<\/p>\n

“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na for\u00e7a do seu poder.
\nRevesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;
\nporque a nossa luta n\u00e3o \u00e9 contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as for\u00e7as espirituais do mal, nas regi\u00f5es celestes.
\nPortanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabal\u00e1veis.
\nEstai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da coura\u00e7a da justi\u00e7a. Cal\u00e7ai os p\u00e9s com a prepara\u00e7\u00e3o do evangelho da paz;
\nembra\u00e7ando sempre o escudo da f\u00e9, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno.
\nTomai tamb\u00e9m o capacete da salva\u00e7\u00e3o e a espada do Esp\u00edrito, que \u00e9 a palavra de Deus;
\ncom toda ora\u00e7\u00e3o e s\u00faplica, orando em todo tempo no Esp\u00edrito e para isto vigiando com toda perseveran\u00e7a e s\u00faplica por todos os santos” (Ef 6:10-18)<\/p>\n

Que me permite te aben\u00e7oar, e, poder clamar a Deus por ti e pelos teus, pedir a Deus que te lave e restaure, e te cure, que te liberte, que te d\u00ea a paz que excede a todo entendimento, em Nome de Jesus.<\/p>\n

“Pai nosso, que est\u00e1s nos c\u00e9us, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; fa\u00e7a-se a tua vontade, assim na terra como no c\u00e9u; o p\u00e3o nosso de cada dia d\u00e1-nos hoje;
\ne perdoa-nos as nossas d\u00edvidas, assim como n\u00f3s temos perdoado aos nossos devedores;
\ne n\u00e3o nos deixes cair em tenta\u00e7\u00e3o; mas livra-nos do mal [pois teu \u00e9 o reino, o poder e a gl\u00f3ria para sempre. Am\u00e9m]!” (Mt 6:9-13)<\/p>\n

Am\u00e9m, am\u00e9m, am\u00e9m, am\u00e9m, am\u00e9m, am\u00e9m e am\u00e9m.<\/p>\n

Eu n\u00e3o sei o que voc\u00ea quer, mas Deus manda te dizer que est\u00e1 a caminho! Fica em paz, beijos, bye, fui…<\/p>\n

(ap. Ely Silmar Vidal – Te\u00f3logo, Psicanalista, Jornalista DRT-0009597\/PR e presidente do CIEP – Clube de Imprensa Estado do Paran\u00e1)<\/p>\n

Contato:
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Mensagem 07052020 – O bandej\u00e3o e a li\u00e7\u00e3o de vida – (imagens da internet)<\/p>\n

Que o Esp\u00edrito Santo do Senhor nos oriente a todos para que possamos iluminar um pouquinho mais o caminho de nossos irm\u00e3os, por isso contamos contigo.<\/p>\n

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