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{"id":7360,"date":"2019-12-22T02:28:52","date_gmt":"2019-12-22T04:28:52","guid":{"rendered":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/choro-de-um-chorinho-bem-chorado\/"},"modified":"2019-12-22T02:28:52","modified_gmt":"2019-12-22T04:28:52","slug":"choro-de-um-chorinho-bem-chorado","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/choro-de-um-chorinho-bem-chorado\/","title":{"rendered":"Choro de um chorinho bem chorado"},"content":{"rendered":"

Em 01 de junho de 1968, \u00e0s 22:00 horas entra no ar, atrav\u00e9s da TV Record a final da I Bienal do Samba, os grandes acontecimentos continuavam se sucedendo. Aconteceu em 1966 com a grande disparada, entre in\u00fameras outras p\u00e9rolas que por ali surgiram. Mas, as maravilhas n\u00e3o paravam por a\u00ed, ao contr\u00e1rio disso, vinha sempre surgindo coisa nova. E foi assim, que veio em 1968 a maravilha da qual eu quero muito falar.<\/p>\n

“Quando soubera que seu samba havia sido classificado, Paulinho da Viola superou o pavor daquelas plateias inflamadas e decidiu vir a S\u00e3o Paulo. Assistiu \u00e0 final timidamente, atr\u00e1s de uma coluna da plateia, com uma boina que o protegia do frio e da remota possibilidade de ser reconhecido. Para sua surpresa, quando a m\u00fasica foi anunciada, um grupinho levantou uma faixa, “Coisas do Mundo, Minha Nega”, que, soube depois, era obra das irm\u00e3s de Chico Buarque, torcendo por sua m\u00fasica. Era apenas uma faixa no meio da plateia, mas sobravam brados vindos de todos os cantos para Jair, int\u00e9rprete do samba do jovem compositor portelense: “Hoje eu vim minha nega \/ como eu venho quando posso \/ na boca as mesmas palavras \/ no peito o mesmo remorso…”
\nDe fato Deus, nesse caso zelando pelo samba, escreve certo por linhas tortas, pois “Coisas do Mundo, Minha Nega” entrara no v\u00e1cuo de outro belo samba, “Foi Ela”, mas se ficasse fora da final teria sido uma injusti\u00e7a imperdo\u00e1vel. A letra \u00e9 o relato de um personagem que chega \u00e0 sua casa contando \u00e0 mulher por onde passou, e foi inspirada num epis\u00f3dio que aconteceu no Morro do Salgueiro: um jovem teria sido assassinado pelo pai da namorada, contr\u00e1rio ao namoro, e Paulinho, ao passar pelo local do vel\u00f3rio, viu alguns meninos brincando com o cad\u00e1ver. Ficou t\u00e3o chocado que nem dormiu nessa noite, recontando suas impress\u00f5es em versos que fez depois: “Por fim eu achei um corpo, nega \/ iluminado ao redor \/ disseram que foi bobagem \/ um queria ser melhor…”. Mais tarde mostrou a tr\u00eas amigos, numa mesa do bar Cervantes, em Copacabana, a longa letra, ainda sem melodia. Concordaram que estava mesmo muito grande, mas um deles, Paulo Pontes, elogiou-a, dizendo que era muito boa. Animado, cortou v\u00e1rios trechos para chegar \u00e0s tr\u00eas estrofes mais justas e quatro refr\u00f5es diferentes, exceto pelo primeiro verso: “Hoje eu vim, minha nega”. Dotado de harmonia bem simples, sendo a melodia das estrofes desenvolvida a partir da pen\u00faltima frase do refr\u00e3o, o samba ganhou o car\u00e1ter de uma narrativa. A pureza da forma da composi\u00e7\u00e3o valoriza cada um dos tr\u00eas dramas diferentes das estrofes, a contrastar com o sentimento de afei\u00e7\u00e3o e devaneio dos refr\u00f5es. “\u00c9 dos meus sambas, o que eu mais gosto”, confessaria depois o elegante Paulinho da Viola, j\u00e1 autor de uma obra fecunda, marcada por v\u00e1rios dos mais belos e duradouros sambas da m\u00fasica popular.” (excerto do livro: “A era dos festivais: uma par\u00e1bola” por Zuca Homem de Mello – p\u00e1gina 259)<\/p>\n

Coisas do mundo, minha nega<\/p>\n

Hoje eu vim minha nega
\nComo venho quando posso
\nNa boca as mesmas palavras
\nNo peito o mesmo remorso
\nNas m\u00e3os a mesma viola onde gravei o teu nome
\nNas m\u00e3os a mesma viola onde gravei o teu nome<\/p>\n

Venho do samba h\u00e1 tempo, nega
\nVim parando por ai
\nPrimeiro achei z\u00e9 fuleiro que me falou de doen\u00e7a
\nQue a sorte nunca lhe chega
\nEst\u00e1 sem amor e sem dinheiro
\nPerguntou se n\u00e3o dispunha de algum que pudesse dar
\nPuxei ent\u00e3o da viola
\nCantei um samba pra ele
\nFoi um samba sincopado
\nQue zombou do seu azar<\/p>\n

Hoje eu vim, minha nega
\nAndar contigo no espa\u00e7o
\nTentar fazer em teus bra\u00e7os um samba puro de amor
\nSem melodia ou palavra pra n\u00e3o perder o valor
\nSem melodia ou palavra pra n\u00e3o perder o valor<\/p>\n

Depois encontrei seu bento, nega
\nQue bebeu a noite inteira
\nEstirou-se na cal\u00e7ada
\nSem ter vontade qualquer
\nEsqueceu do compromisso que assumiu com a mulher
\nN\u00e3o chegar de madrugada
\nE n\u00e3o beber mais cacha\u00e7a
\nEla fez at\u00e9 promessa
\nPagou e se arrependeu
\nCantei um samba pra ele que sorriu e adormeceu<\/p>\n

Hoje eu vim, minha nega
\nQuerendo aquele sorriso
\nQue tu entregas pro c\u00e9u
\nQuando eu te aperto em meus bra\u00e7os
\nGuarda bem minha viola, meu amor e meu cansa\u00e7o
\nGuarda bem minha viola, meu amor e meu cansa\u00e7o<\/p>\n

Por fim eu achei um corpo, nega
\nIluminado ao redor
\nDisseram que foi bobagem
\nUm queria ser melhor
\nN\u00e3o foi amor nem dinheiro a causa da discuss\u00e3o
\nFoi apenas um pandeiro
\nQue depois ficou no ch\u00e3o
\nN\u00e3o tirei minha viola
\nParei, olhei, vim me embora
\nNingu\u00e9m compreenderia um samba naquela hora<\/p>\n

Hoje eu vim, minha nega
\nSem saber nada da vida
\nQuerendo aprender contigo a forma de se viver
\nAs coisas est\u00e3o no mundo s\u00f3 que eu preciso aprender
\nAs coisas est\u00e3o no mundo s\u00f3 que eu preciso aprender
\nAs coisas est\u00e3o no mundo s\u00f3 que eu preciso aprender
\nAs coisas est\u00e3o no mundo s\u00f3 que eu preciso aprender<\/p>\n

(autoria: Paulinho da Viola)<\/p>\n

E porque ent\u00e3o, o choro de um chorinho bem chorado?
\nPorque n\u00e3o importa, se \u00e9 samba, choro, ou mesmo uma bela toada, o que importa, \u00e9 que no momento m\u00e1gico, o som seja, aquele que lhe apetece, enquanto m\u00e1gico momento.
\nPortanto se o momento necessita da ensurdecedora orquestra do sil\u00eancio, ent\u00e3o que assim seja, porque essa \u00e9 a harmonia pelo momento desejado, e quem sabe at\u00e9 inspirado.
\nPortanto, ao momento festivo, todas as cores e todos os sons, aos momentos menos festivos, as cores e os sons que a ele agradem.
\nE a ti, que as cores e os momentos que se sucedam, lhe cubram com o necess\u00e1rio colorido a fim de que n\u00e3o deturpem o sonho do momento sonhado.<\/p>\n

(ap. Ely Silmar Vidal – Te\u00f3logo, Psicanalista, Jornalista e presidente do CIEP – Clube de Imprensa Estado do Paran\u00e1)<\/p>\n

Contato:
\n(41) 98514-8333 (OI)
\n(41) 99109-8374 (Vivo)
\n(41) 99821-2381 (WhatsApp)<\/p>\n

Mensagem 010919 – Choro de um chorinho bem chorado – (imagens da internet)<\/p>\n

Que o Esp\u00edrito Santo do Senhor nos oriente a todos para que possamos iluminar um pouquinho mais o caminho de nossos irm\u00e3os, por isso contamos contigo.<\/p>\n

Se esta mensagem te foi \u00fatil, e achas que poder\u00e1 ser \u00fatil a mais algu\u00e9m, ajude-nos: (ficaremos muito gratos que, ao replicar o e-mail, seja preservada a fonte)<\/p>\n

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