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{"id":4613,"date":"2017-01-08T19:50:37","date_gmt":"2017-01-08T22:50:37","guid":{"rendered":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/?p=4613"},"modified":"2017-01-08T19:50:37","modified_gmt":"2017-01-08T22:50:37","slug":"panico","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/panico\/","title":{"rendered":"P\u00e2nico"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a><\/p>\n

O que \u00e9?
\nO transtorno do p\u00e2nico \u00e9 definido como crises recorrentes de forte ansiedade ou medo. As crises de p\u00e2nico s\u00e3o entendidas como intensas, repentinas e inesperadas que provocam nas pessoas, sensa\u00e7\u00e3o de mal estar f\u00edsico e mental juntamente a um comportamento de fuga do local onde se encontra, seja indo para um pronto socorro, seja buscando ajuda de quem est\u00e1 pr\u00f3ximo.
\nA rea\u00e7\u00e3o de p\u00e2nico \u00e9 uma rea\u00e7\u00e3o normal quando existe uma situa\u00e7\u00e3o que favore\u00e7a seu surgimento. Estar num local fechado onde come\u00e7a um inc\u00eandio, estar afogando-se ou em qualquer situa\u00e7\u00e3o com eminente perigo de morte, a sensa\u00e7\u00e3o de p\u00e2nico \u00e9 normal. O p\u00e2nico passa a ser identificado como patol\u00f3gico e por isso ganha o t\u00edtulo de transtorno do p\u00e2nico quando essa mesma rea\u00e7\u00e3o acontece sem motivo, espontaneamente. Nas situa\u00e7\u00f5es em que a pr\u00f3pria vida est\u00e1 amea\u00e7ada o organismo toma medidas que normalmente n\u00e3o tomaria, perdendo o medo de pequenos perigos para livrar-se de um perigo maior. Para fugir de uma cobra podemos subir numa \u00e1rvore mesmo tendo medo de altura ou fazendo esfor\u00e7os incomuns, sofrendo pequenos ferimentos que no momento n\u00e3o s\u00e3o percebidos. O estado de p\u00e2nico \u00e9 portanto uma rea\u00e7\u00e3o normal e vantajosa para a auto-presenva\u00e7\u00e3o. Aqueles que fogem mais rapidamente do perigo de morte t\u00eam mais chances de sobreviver.<\/p>\n

O diagn\u00f3stico
\nO diagn\u00f3stico do transtorno do p\u00e2nico possui crit\u00e9rios bem definidos, n\u00e3o podemos classificar como transtorno do p\u00e2nico qualquer rea\u00e7\u00e3o intensa de medo. Assim sendo est\u00e3o aqui apresentados os crit\u00e9rios usados para fazer este diagn\u00f3stico.<\/p>\n

a) Exist\u00eancia de v\u00e1rios ataques no per\u00edodo de semanas ou meses.Quando houve apenas um ataque \u00e9 necess\u00e1ria a presen\u00e7a de significativa preocupa\u00e7\u00e3o com a possibilidade de sofrer novos ataques ou com as consequ\u00eancias do primeiro ataque. Isto \u00e9 demonstrado pela preocupa\u00e7\u00e3o com doen\u00e7as, inten\u00e7\u00e3o de ir ao m\u00e9dico e fazer exames, vontade de informar-se a respeito de manifesta\u00e7\u00f5es de doen\u00e7as.<\/p>\n

b) Dentre v\u00e1rios sintomas pelo menos quatro dos seguintes devem estar presentes:<\/p>\n

1- Acelera\u00e7\u00e3o da frequ\u00eancia card\u00edaca ou sensa\u00e7\u00e3o de batimento desconfort\u00e1vel.
\n2- Sudorese difusa ou localizada (m\u00e3os ou p\u00e9s).
\n3- Tremores finos nas m\u00e3os ou extremidades ou difusos em todo o corpo.
\n4- Sensa\u00e7\u00e3o de sufoca\u00e7\u00e3o ou dificuldade de respirar.
\n5- Sensa\u00e7\u00e3o de desmaio iminente.
\n6- Dor ou desconforto no peito (o que leva muitas pessoas a acharem que est\u00e3o tendo um ataque card\u00edaco)
\n7- N\u00e1usea ou desconforto abdominal
\n8- Tonteiras, instabilidade sensa\u00e7\u00e3o de estar com a cabe\u00e7a leve, ou vazia.
\n9- Despersonaliza\u00e7\u00e3o* ou desrezaliza\u00e7\u00e3o**.
\n10- Medo de enlouquecer ou de perder o controle de si mesmo.
\n11- Medo de morrer.
\n12- Altera\u00e7\u00f5es das sensa\u00e7\u00f5es t\u00e1teis como sensa\u00e7\u00e3o de dorm\u00eancias ou formigamento pelo corpo.
\n13- Enrubescimento ou ondas de calor, calafrios pelo corpo.<\/p>\n

*A despersonaliza\u00e7\u00e3o \u00e9 uma sensa\u00e7\u00e3o comum nos estados ansiosos que pode surgir mesmo fora dos ataques de p\u00e2nico. Caracteriza-se por dar a pessoa uma sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o ser ela mesma, como se estivesse saindo de dentro do pr\u00f3prio corpo e observando a si mesmo.
\n**A desrealiza\u00e7\u00e3o \u00e9 a sensa\u00e7\u00e3o de que o mundo ou o ambiente em volta est\u00e3o diferentes, como se fosse um sonho ou houvesse uma n\u00favem.
\nEssas duas sensa\u00e7\u00f5es ocorrem em aproximadamente 70% da popula\u00e7\u00e3o geral n\u00e3o significando como ocorrencia isolada uma manifesta\u00e7\u00e3o patol\u00f3gica.<\/p>\n

c) H\u00e1 subst\u00e2ncias que podem geral rea\u00e7\u00f5es de p\u00e2nico como os estimulantes. Quando o p\u00e2nico ocorre sob esse efeito n\u00e3o se pode dar este diagn\u00f3stico assim como tamb\u00e9m n\u00e3o pode ser dado em decorr\u00eancia de outros estados ansiosos anteriores como um ataque de p\u00e2nico secund\u00e1rio a uma exposi\u00e7\u00e3o for\u00e7ada de um f\u00f3bico social por exemplo.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Causas
\nAs causas dos ataques de p\u00e2nico s\u00e3o desconhecidas. Contudo cada um dos pensamentos te\u00f3ricos vigente possue suas pr\u00f3prias teorias. Observa-se tamb\u00e9m que os pacientes ao procurarem o psiquiatra pela primeira vez geralmente possuem suas pr\u00f3prias teorias ou explica\u00e7\u00f5es para o que est\u00e1 acontecendo consigo. Por enquanto a \u00fanica recomenda\u00e7\u00e3o que o m\u00e9dico pode dar aos seus pacientes \u00e9 de n\u00e3o pensarem a respeito pois como n\u00e3o existem bases comprovadas para se especular a respeito das causas do p\u00e2nico, qualquer id\u00e9ia tem muito mais chances de estar errada do que certa. O paciente deve preocupar-se em seguir o tratamento e levar sua vida normalmente ao inv\u00e9s de descobrir as causas de seu transtorno.
\nTeorias
\nNeuroanat\u00f4mica:
\nBaseando no princ\u00edpio de que o ataque de p\u00e2nico \u00e9 uma perturba\u00e7\u00e3o do sistema fisiol\u00f3gico que regula as crises normais de medo e ansiedade, cientistas elaboraram hip\u00f3teses do fluxo de acontecimentos no c\u00e9rebro dos pacientes com p\u00e2nico. Na figura abaixo est\u00e1 indicado que a rea\u00e7\u00e3o de p\u00e2nico come\u00e7a no locus ceruleus (LC) porque sua estimula\u00e7\u00e3o produz quase todas as rea\u00e7\u00f5es fisiol\u00f3gicas e auton\u00f4micas do p\u00e2nico. O LC por outro lado se conecta ao nervo vago que se estende a regi\u00f5es do t\u00f3rax e abd\u00f4men, podendo explicar a origem do mal estar abdominal, sensa\u00e7\u00e3o de sufoca\u00e7\u00e3o e taquicardia t\u00e3o frequentes nas crises de p\u00e2nico. A ponte, onde est\u00e1 localiozado o LC, possui amplas conec\u00e7\u00f5es com o sistema l\u00edmbico logo acima e \u00e9 neste sistema onde se localizam as rea\u00e7\u00f5es de medo e ansiedade. A ponte \u00e9 tamb\u00e9m caracterizada por estar fora da \u00e1rea onde se pode exercer influ\u00eancia volunt\u00e1ria como na c\u00f3rtex, isto poderia explicar a origem inesperada e incontrol\u00e1vel das crises.<\/p>\n

Comportamental
\nPara o modelo comportamental a teoria neuroanat\u00f4mica \u00e9 insuficiente. V\u00e1rios princ\u00edpios comportamentais est\u00e3o envolvidos no desenvolvimento do p\u00e2nico: o condicionamento cl\u00e1ssico, o princ\u00edpio do medo do medo, a teoria da interpreta\u00e7\u00e3o catastr\u00f3fica e a sensibilidade a ansiedade. No princ\u00edpio do condicionamento cl\u00e1ssico o paciente desenvolve o medo a partir de um determinado est\u00edmulo e sempre que exposto a esse est\u00edmulo, a recorda\u00e7\u00e3o de medo \u00e9 evocada fazendo com que a pessoa associe a id\u00e9ia do medo ao local onde se encontra. Por exemplo, ao passar num t\u00fanel caso sinta-se mal por qualquer motivo passa a relacionar o t\u00fanel ao mal estar e gerando equivocadamente nova rea\u00e7\u00e3o de ansiedade, que passa a ser refor\u00e7ada pelo al\u00edvio da sa\u00eddo do t\u00fanel. Este modelo n\u00e3o pode explicar todas as crises de p\u00e2nico nem \u00e9 preten\u00e7\u00e3o do pensamento comportamental explicar tudo a partir de uma s\u00f3 teoria comportamental.
\nPsicanal\u00edtica
\nA teoria psicanal\u00edtica afirma que as crises de p\u00e2nico se originam do escape de processos mentais inconcientes at\u00e9 ent\u00e3o reprimidos. Quando existe no inconsciente um processo como uma id\u00e9ia, ou um desejo, ou uma emo\u00e7\u00e3o com o qual o indiv\u00edduo n\u00e3o consegue lidar, as estruturas mentais trabalham de forma a manter esse processo fora da consci\u00eancia do indiv\u00edduo. Contudo quando o processo \u00e9 muito forte ou quando os mecanismos de defesa enfraquecem, os processos reprimidos podem surgir “desautorizadamente” na consci\u00eancia do indiv\u00edduo pela crise de p\u00e2nico. A mente nesse caso trabalho no sentido de mascarar a crise de tal forma que o indiv\u00edduo continue sem perceber conscientemente o que de fato est\u00e1 acontecendo consigo. Por exemplo o indiv\u00edduo tem uma atra\u00e7\u00e3o f\u00edsica por uma pessoa com quem n\u00e3o pode estabelecer contato, por exemplo a pr\u00f3pria irm\u00e3. Este desejo ent\u00e3o fica reprimido porque a real manifesta\u00e7\u00e3o dele causaria intensa repulsa, raiva ou nojo de s\u00ed pr\u00f3prio. Para que esses sentimentos negativos permanecem longe da consci\u00eancia a estrutura mental do indiv\u00edduo a mant\u00e9m o desejo reprimido. Caso esse desejo surja apesar do esfor\u00e7o por reprimir, o aparato mental o transforma o desejo noutra imagem, podendo esta ser uma crise de p\u00e2nico. Uma vez que o equil\u00edbrio mental foi amea\u00e7ado o funcionamento mental inconsciente transforma o conte\u00fado da repress\u00e3o numa crise de p\u00e2nico.<\/p>\n

\"\"<\/a><\/p>\n

Grupos de Risco
\nAproximadamente 1,5 a 2% das pessoas \u00e9 afetada por esse transtorno, o que significa uma preval\u00eancia alta, sendo ainda mais alto, de 3 a 4% se os crit\u00e9rios para diagn\u00f3stico n\u00e3o forem inteiramente preenchidos, ou melhor, se considerarmos as crises parciais e os quadros de ataques de ansiedade at\u00edpicos. As mulheres s\u00e3o mais afetadas do que os homens, sendo aproximadamente o dobro a incid\u00eancia do transtorno do p\u00e2nico sobre as mulheres em rela\u00e7\u00e3o aos homens, a propor\u00e7\u00e3o ent\u00e3o \u00e9 de duas mulheres para cada homem. A idade de in\u00edcio concentra-se em torno dos trinta anos, podendo come\u00e7ar durante a inf\u00e2ncia ou na velhice. A mulher de 30 anos \u00e9 o grupo sobre o qual observa-se maior incid\u00eancia desse transtorno.<\/p>\n

Tempo de Dura\u00e7\u00e3o
\nO curso do p\u00e2nico \u00e9 imprevis\u00edvel, tanto pode durar alguns meses como pode durar v\u00e1rios anos. Desde que o p\u00e2nico come\u00e7ou a ser estudado, h\u00e1 poucas d\u00e9cadas, ainda n\u00e3o foi poss\u00edvel se verificar em que percentagem ele dura a vida toda. Os estudos de longo seguimento chegam a perto de uma d\u00e9cada e aproximadamente 10% dos pacientes continua sintom\u00e1tico ap\u00f3s esse per\u00edodo, ou seja, continua tendo ataques de p\u00e2nico quando as medica\u00e7\u00f5es s\u00e3o suspensas. \u00c9 importante notar que o tratamento n\u00e3o cura o p\u00e2nico, apenas suprime os sintomas e permite o paciente ter uma vida normal, mas a suspenss\u00e3o do tratamento leva a uma reca\u00edda caso n\u00e3o tenha ocorrido uma remiss\u00e3o espont\u00e2nea do transtorno. Mesmo bem conduzido o tratamento n\u00e3o h\u00e1 nenhuma garantia de cura, ou os sintomas remitem sozinhos ou permanece a necessidade de utiliza\u00e7\u00e3o das medica\u00e7\u00f5es. H\u00e1 relatos de casos de remiss\u00e3o espont\u00e2nea durante a gesta\u00e7\u00e3o<\/p>\n

Medica\u00e7\u00f5es
\nO tratamento mais recomendado para o bloqueio das crises s\u00e3o os psicof\u00e1rmacos. Os antidepressivos de todos os grupos e os tranquilizantes s\u00e3o eficazes no controle das crises. Atualmente mediante a disponibilidade de v\u00e1rios psicof\u00e1rmacos, dificilmente um paciente n\u00e3o melhora com alguma medica\u00e7\u00e3o. Todos os grupos de antidepressivos testados mostraram-se eficazes, os tric\u00edclicos e tetrac\u00edclicos, os inibidores da recapta\u00e7\u00e3o da serotonina e os inibidores da MAO. Apesar de todos os grupos terem sido testados com sucesso nem todas as medica\u00e7\u00f5es de cada grupo foi cientificamente testada, presume-se apenas que sejam eficazes. Assim, tamb\u00e9m os tranquilizantes benzodiazep\u00ednicos foram testados e dependendo da dose, todos obtiveram sucesso. A decis\u00e3o quanto a escolha da medica\u00e7\u00e3o deve obedecer a crit\u00e9rios b\u00e1sicos como outras doen\u00e7as presentes no paciente, portadores de glaucoma n\u00e3o podem tomar tric\u00edclicos, por exemplo. Intera\u00e7\u00f5es com outras medica\u00e7\u00f5es j\u00e1 em uso, hist\u00f3ria de rea\u00e7\u00e3o indesej\u00e1vel a determinadas medica\u00e7\u00f5es em escolha, caracter\u00edsticas individuais como os pacientes obesos devem optar preferencialmente pelos inibidores da recapta\u00e7\u00e3o da serotonina, os pacientes muito magros por tric\u00edclicos. Pessoas com problemas sexuais devem evitar os inibidores da recapta\u00e7\u00e3o da serotonina. Por fim como h\u00e1 entre essas medica\u00e7\u00f5es marcante diferen\u00e7a de pre\u00e7os \u00e9 v\u00e1lido considerar isso como crit\u00e9rio de escolha desde que n\u00e3o seja feita em detrimento do bem estar do paciente.
\nQuanto a estrat\u00e9gia de uso das medica\u00e7\u00f5es, \u00e9 recomend\u00e1vel que os antidepressivos sejam evitados isoladamente no in\u00edcio do tratamento. Como essas medica\u00e7\u00f5es s\u00f3 passam a bloquear as crises ap\u00f3s duas semanas em m\u00e9dia, e provocam uma piora do p\u00e2nico no come\u00e7o, \u00e9 prefer\u00edvel que nesta fase seja dado junto ao antidepressivo, um tranquilizante, que tanto poder\u00e1 ser suspenso depois, como continuar sozinho em monoterapia. Os tranquilizantes de escolha s\u00e3o os de alta pot\u00e2ncia, embora os de baixa pot\u00eancia podem ser usados em doses mais elevadas.<\/p>\n

Terapias
\nA terapia cognitivo-comportamental \u00e9 a \u00fanica que pode ser indicada para o tratamento do p\u00e2nico, contudo as medica\u00e7\u00f5es s\u00e3o mais r\u00e1pidas no bloqueio das crises. H\u00e1 pesquisadores que contestam o uso da terapia cognitivo-comportamental para o transtorno do p\u00e2nico, indicando apenas para o tratamento da agorafobia.<\/p>\n

Consequ\u00eancias do p\u00e2nico
\nFrequentemente encontramos entre os paciente com p\u00e2nico certas rea\u00e7\u00f5es distintas do pr\u00f3prio p\u00e2nico mas oriundas dele. A mais comum \u00e9 a agorafobia que possui uma se\u00e7\u00e3o especial a ela dedicada. A ansiedade antecipat\u00f3ria \u00e9 uma ocorr\u00eancia comum em outros transtornos de ansiedade, trata-se simplemente da preocupa\u00e7\u00e3o excessiva que antecede o eventos \u00e0s vezes por alguns dias. Como o paciente com p\u00e2nico nunca sabe quando sofrer\u00e1 nova crise est\u00e1 sempre apreensivo, quando relaciona a crise a determinado local ou situa\u00e7\u00e3o passa a ter ansiedade referentes a eles. A evita\u00e7\u00e3o \u00e9 o comportamento decorrente da atribui\u00e7\u00e3o do local a sua crise, quem tem medo de ter crises em t\u00faneis por exemplo d\u00e1 voltas maiores para evit\u00e1-lo. Por fim, a hipocondria \u00e9 uma manifesta\u00e7\u00e3o frequente no transtorno do p\u00e2nico, apesar de encontrarmos poucas refer\u00eancias nos livros a esse respeito, na pr\u00e1tica \u00e9 uma rela\u00e7\u00e3o bastante comum. Como as crises s\u00e3o fortes e muitas vezes associadas a mal estar card\u00edaco, os pacientes acreditam que sofrem algum mal cardiol\u00f3gico e por isso s\u00e3o encontrados nos consult\u00f3rio e laborat\u00f3rios de exames card\u00edacos, al\u00e9m das emerg\u00eancias gerais quando julgam estarem tendo um ataque card\u00edaco.<\/p>\n

Cora\u00e7\u00e3o
\nA liga\u00e7\u00e3o entre o p\u00e2nico e doen\u00e7as card\u00edacas \u00e9 nula conforme diversos estudos mostraram, ou seja, n\u00e3o existem evid\u00eancias de que os ataques de p\u00e2nico com forte dores no peito venham a provocar qualquer tipo de doen\u00e7a card\u00edaca, nem as doen\u00e7as card\u00edacas por outro lado podem causar p\u00e2nico.
\nO prolapso da v\u00e1lvula mitral \u00e9 um altera\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica card\u00edaca in\u00f3cua frequentemente encontrada dentre os pacientes com p\u00e2nico. N\u00e3o se sabe ainda se existe alguma liga\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica entre o prolapso e o p\u00e2nico, n\u00e3o h\u00e1 nenhuma prova de que o p\u00e2nico leve a forma\u00e7\u00e3o do prolapso nem o prolapso cause p\u00e2nico pois, muitas pessoas t\u00eam prolapso sem terem p\u00e2nico. A concomit\u00e3ncia entre essas duas manifesta\u00e7\u00f5es m\u00e9dicas \u00e9 reconhecida e n\u00e3o muda em nada a evolu\u00e7\u00e3o, o tratamento e a gravidade do p\u00e2nico, assim como o p\u00e2nico n\u00e3o agrava o prolapso.
\nComo a sintomalotogia aparentemente card\u00edaca \u00e9 grande no transtorno do p\u00e2nico, a frequ\u00eancia desses paciente nos consult\u00f3rios cardiol\u00f3gicos \u00e9 grande. Muitos pacientes mesmo depois de convencidos de que n\u00e3o t\u00eam nada no cora\u00e7\u00e3o continuam indo \u00e0s emerg\u00eancias com receio de infarto do mioc\u00e1rdio, isto demonstra o car\u00e1ter de incontrabilidade do transtorno do p\u00e2nico como ocorre em todas perturba\u00e7\u00f5es mentais.<\/p>\n

Problemas gerais que podem se parecer com ataques de p\u00e2nico
\nNenhuma doen\u00e7a mental \u00e9 letal nem provoca sequelas, mas outras doen\u00e7as m\u00e9dicas podem, por isso, sempre que h\u00e1 suspeitas da exist\u00eancia de algum problema cl\u00ednico causando uma manifesta\u00e7\u00e3o parecida ao p\u00e2nico, \u00e9 imprescid\u00edvel investigar outros problemas m\u00e9dicos. As doen\u00e7as mais parecidas aos ataques de p\u00e2nico s\u00e3o:<\/p>\n

Hipertireoidismo ou hipotireoidismo
\nHiperparatireoidismo
\nFeocromocitoma
\nDisfun\u00e7\u00f5es vestibulares
\nConvuls\u00f5es
\nIntoxica\u00e7\u00e3o do sistema nervoso central
\nDoen\u00e7as card\u00edacas<\/p>\n

1. As altera\u00e7\u00f5es da tireoide geralmente possuem v\u00e1rios outros sintomas inexistentes no p\u00e2nico, como altera\u00e7\u00f5es significativas do peso, do dinamismo, da pele por exemplo, al\u00e9m de poder ser diagnosticada atrav\u00e9s da dosagem dos horm\u00f4nios sangu\u00edneos. As crises do p\u00e2nico pelas altera\u00e7\u00f5es da tireoide podem at\u00e9 ceder com um tratamento, mas isso n\u00e3o melhora o estado para o organismo. O tratamento do p\u00e2nico pode ser realizado enquanto se procede o devido controle hormonal.
\n2. O hiperparatireoidismo \u00e9 menos comum, mas altera\u00e7\u00f5es metab\u00f3licas podem fazer com o que o paciente tenha fortes perturba\u00e7\u00f5es f\u00edsicas que se exteriorizam como crises de p\u00e2nico.
\n3. O feocromocitoma \u00e9 raro, trata-se do excesso de adrenalina e outras catecolaminas circulantes. Al\u00e9m de crises de p\u00e2nico o paciente pode sentir tremores, cefal\u00e9ia, taquicardia, sudorese, ansiedade, ruboriza\u00e7\u00e3o, hipertens\u00e3o, de forma que \u00e9 muito parecido aos sintomas do p\u00e2nico. Atrav\u00e9s da dosagem das catecolaminas, em 24h este problema pode ser descartado.
\n4. As disfun\u00e7\u00f5es vestibulares s\u00e3o as perturba\u00e7\u00f5es do vest\u00edbulo auditivo e o cerebelo. As perturba\u00e7\u00f5es vestibulares cursam com tonteiras, enj\u00f4os, v\u00f4mitos e desequil\u00edbrios mas n\u00e3o proporcionam sensa\u00e7\u00e3o de medo. Apesar disso pode ser confundida com o p\u00e2nico.
\n5. Convuls\u00f5es por serem inesperadas e de curta dura\u00e7\u00e3o podem se parecer com crises de p\u00e2nico. As covuls\u00f5es que cursam com perda dos sentidos e queda podem ser descartadas porque o p\u00e2nico n\u00e3o provoca isso, somente as crises que n\u00e3o provocam perda de consci\u00eancia podem ser consideradas como poss\u00edveis crises de p\u00e2nico.
\n6. O uso de certas subst\u00e2ncias como coca\u00edna ou estimulantes podem levar a crises de p\u00e2nico t\u00edpicas, mas n\u00e3o provocam o transtorno do p\u00e2nico, ou seja, uma vez eliminadas as subst\u00e2ncias psicotr\u00f3picas as crises de ansiedade cessam sem deixar esse tipo de sequela.
\n7. Os problemas card\u00edacos devem sempre ser descartados. Um paciente com quadro cl\u00ednico compat\u00edvel com transtorno do p\u00e2nico e queixas card\u00edacas deve ser encaminhado rotineiramente para o atendimento cardiol\u00f3gico. Caso surja algum problema ser\u00e1 uma mera coincid\u00eancia, mas \u00e9 melhor errar por excesso de zelo do que esperar consequ\u00eancias danosas para o cora\u00e7\u00e3o. \u00c9 recomend\u00e1vel que isso seja feito pois muitas medica\u00e7\u00f5es que tratam o p\u00e2nico provocam pequenas altera\u00e7\u00f5es no ritmo card\u00edaco.<\/p>\n

Aos parentes
\nFrequentemente os paciente com p\u00e2nico sofrem muito duas vezes, a primeira por causa dos ataques e suas consequ\u00eancias e a segundo por causa da incompreens\u00e3o de que s\u00e3o v\u00edtimas. Como m\u00e9dico canso-me de ouvir de meus pacientes que seus filhos, pais, c\u00f4njugues criticam-no por causa das crises achando que s\u00e3o frescuras, que est\u00e1 na verdade precisando apanhar…!!!??? \u00c9 verdade, a primeira coisa que os parentes t\u00eam que fazer \u00e9 compreender, aceitar e apoiar os pacientes. O transtorno do p\u00e2nico \u00e9 uma doen\u00e7a como outra qualquer, o paciente n\u00e3o escolheu t\u00ea-la, nem pode evit\u00e1-la.
\nAqui est\u00e3o algumas recomenda\u00e7\u00f5es \u00e0s pessoas que convivem com quem tem p\u00e2nico:<\/p>\n

Nunca diga:
\nRelaxe, acalme-se…
\nVoc\u00ea pode lutar contra isso…
\nN\u00e3o seja rid\u00edcula(o)!
\nN\u00e3o seja covarde!
\nVoc\u00ea tem que ficar (quando o paciente quer sair de onde est\u00e1)<\/p>\n

Recomenda\u00e7\u00f5es
\n1. N\u00e3o fa\u00e7a suposi\u00e7\u00f5es a respeito do que a pessoa com p\u00e2nico precisa, pergunte a ela.
\n2. Seja previs\u00edvel, evite surpresas
\n3. Proporcione a quem sofre de p\u00e2nico a paz necess\u00e1ria para se recuperar.
\n4. Procure ser otimista para com quem p\u00e2nico, procure aspectos positivos nos problemas.
\n5. N\u00e3o sacrifique sua pr\u00f3pria vida pois acabar\u00e1 criando ressentimentos.
\n6. N\u00e3o entre em p\u00e2nico quando o paciente com p\u00e2nico tiver um ataque.
\n7. Seja paciente e aceite as dificuldades de quem tem p\u00e2nico mas n\u00e3o se conforme como se ela(e) for uma inv\u00e1lida(o).<\/p>\n

\u00daltima Atualiza\u00e7\u00e3o: 15-10-2004 – Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 02 Liv 14 Liv 05 Ref 323 -:\/psicosite.com.br\/tra\/ans\/panico.htm<\/p>\n

(ap. Ely Silmar Vidal – skype: siscompar – fones: 041-41-99820-9599 (TIM) – 021-41-99821-2381 (CLARO e Whatsapp) – 015-41-99109-8374 (VIVO) – 014-41-98514-8333 (OI) – mensagem 080117 – P\u00e2nico – imagens da internet)<\/p>\n

Que o Esp\u00edrito Santo do Senhor nos oriente a todos para que possamos iluminar um pouquinho mais o caminho de nossos irm\u00e3os, por isso contamos contigo.<\/p>\n

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(ficaremos muito gratos que, ao replicar o e-mail, seja preservada a fonte)<\/p>\n

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O que \u00e9? O transtorno do p\u00e2nico \u00e9 definido como crises recorrentes de forte ansiedade ou medo. As crises de p\u00e2nico s\u00e3o entendidas como intensas, repentinas e inesperadas que provocam nas pessoas, sensa\u00e7\u00e3o de mal estar f\u00edsico e mental juntamente a um comportamento de fuga do local onde se encontra, seja indo para um pronto … Continue lendo “P\u00e2nico”<\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_publicize_feature_enabled":true,"jetpack_social_post_already_shared":true,"jetpack_social_options":{"image_generator_settings":{"template":"highway","enabled":false}}},"categories":[3],"tags":[],"jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/s6pIac-panico","jetpack-related-posts":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4613"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=4613"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4613\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":4617,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4613\/revisions\/4617"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=4613"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=4613"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=4613"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}