<\/a><\/p>\n

Embora n\u00e3o seja regra absoluta, n\u00e3o podemos negar que nossa inf\u00e2ncia e primeiras experi\u00eancias afetivas podem influenciar na maneira como lidamos com os relacionamos posteriores e na leitura que temos das coisas que acontecem ao nosso redor.<\/p>\n

As boas e m\u00e1s experi\u00eancias infantis afetam sim nossa qualidade de vida quando adultos. Influenciam tamb\u00e9m, depois, na forma, como trataremos nossos filhos tanto do ponto de vista do afeto quanto do enfrentamento de adversidades.
\nAgiremos, reproduzindo os comportamentos que conhecemos ou seremos diferentes?<\/p>\n

Abaixo, est\u00e3o descritas 5 feridas emocionais segundo a especialista em comportamento canadense Lisa Bourbeau. Para a autora, s\u00e3o elas algumas das mais determinantes nas dificuldades de relacionamentos que as pessoas podem carregar ao longo da vida adulta posterior.<\/p>\n

1- O medo do abandono
\nUm dos medos frequentes nas crian\u00e7as \u00e9 o medo da aus\u00eancia de seus pais, o medo do abandono. A crian\u00e7a, nos prim\u00f3rdios de sua vida, ainda n\u00e3o consegue separar fantasia de realidade, e, por tamb\u00e9m n\u00e3o conseguir quantificar o tempo, entende que as aus\u00eancias podem ser sin\u00f4nimos do abandono absoluto.
\nSe a aprendizagem dessa separa\u00e7\u00e3o necess\u00e1ria j\u00e1 \u00e9 complexa em ambientes onde os pais lidam com o fato com tranquilidade, no caso de pessoas que tiveram experi\u00eancias de neglig\u00eancia na inf\u00e2ncia, as marcas deixadas podem acarretar um medo de solid\u00e3o e rejei\u00e7\u00e3o cont\u00ednuos todas as vezes em que a pessoa n\u00e3o tiver perto de si (fisicamente) a pessoa amada.
\nA ferida causada pelo abandono n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil de curar. A pessoa saber\u00e1 que est\u00e1 curada quando os momentos de solid\u00e3o n\u00e3o forem vistos como desamor e rejei\u00e7\u00e3o, e, dentro de si, existirem di\u00e1logos positivos e esperan\u00e7osos.<\/p>\n

2- O medo da rejei\u00e7\u00e3o
\n\u00c9 uma ferida profunda que \u00e9 formada quando, durante o desenvolvimento, a crian\u00e7a n\u00e3o se sentiu suficientemente amada e acolhida pelas figuras de refer\u00eancia que estavam ao seu redor assim como, posteriormente, pode ser afetada tamb\u00e9m por rejei\u00e7\u00f5es em ambiente escolar.
\nComo a pessoa, no come\u00e7o, forma sua identidade a partir da maneira como que \u00e9 tratada, se ela for desvalorizada e depreciada constantemente, pode internalizar em si uma autoimagem de que n\u00e3o \u00e9 merecedora de afeto e de que n\u00e3o possui atributos suficientes para ser aceita em sociedade.
\nO rejeitado passa, ent\u00e3o, a rejeitar-se, e, na idade adulta, muitas vezes, mesmo frente ao sucesso e obtendo bons resultados, essa pessoa pode apresentar grande fragilidade frente a qualquer cr\u00edtica que exponha seus medos internos de insucesso.<\/p>\n

3- A humilha\u00e7\u00e3o
\nEsta ferida \u00e9 gerada no momento em que sentimos que os outros nos desaprovam e criticam. Podemos criar esses problemas em nossos filhos, dizendo-lhes que eles s\u00e3o est\u00fapidos, maus ou mesmo exagerando em compara\u00e7\u00f5es; isso destr\u00f3i a crian\u00e7a e sua autoestima.
\nUma pessoa criada em um ambiente assim pode desenvolver uma personalidade exageradamente dependente. Outra possibilidade \u00e9 o desenvolvimento da \u201ctirania\u201d tamb\u00e9m em si, um mecanismo de defesa em que a pessoa passa a humilhar aos outros para se sentir mais valorizada.<\/p>\n

4- Trai\u00e7\u00e3o ou medo de confiar
\nUma crian\u00e7a que se sentiu repetidamente tra\u00edda por um de seus pais, principalmente quando o mesmo n\u00e3o cumpria as suas promessas, pode nutrir uma desconfian\u00e7a que, mais tarde, pode ser transformada em inveja e outros sentimentos negativos. Quem n\u00e3o recebe o que foi prometido pode n\u00e3o se sentir digno de ter os que os outros t\u00eam.
\nPessoas que passaram por isso desenvolvem uma tend\u00eancia maior a tentar controlar tudo e todos ao redor em uma tentativa de trazer para si o comando de vari\u00e1veis que, antigamente, faziam com que se sentissem preteridas e injusti\u00e7adas. Quando perdem o controle, ficam nervosas e se sentem perdidas.<\/p>\n

5- Injusti\u00e7a
\nA ferida da injusti\u00e7a surge a partir de um ambiente no qual os cuidadores prim\u00e1rios s\u00e3o frios e autorit\u00e1rios. Na inf\u00e2ncia, quando existe uma demanda al\u00e9m da capacidade real da crian\u00e7a, ela pode ter sentimentos de impot\u00eancia e inutilidade que depois pode carregar ao longo dos anos.
\nEm ambientes assim, a crian\u00e7a pode desenvolver um fanatismo pela ordem e pelo perfeccionismo como tentativa de minimizar os erros e as cobran\u00e7as. Soma-se a isso a incapacidade de tomar decis\u00f5es com confian\u00e7a.<\/p>\n

Nota da CONTI outra:
\nComo dito no come\u00e7o, existem feridas da inf\u00e2ncia que aumentam a probabilidade de sequelas emocionais na vida adulta. Entretanto, nada \u00e9 regra e existem pessoas que desenvolvem mecanismos adaptativos e superam essas quest\u00f5es. Outras, entretanto, n\u00e3o se saem t\u00e3o bem. Se voc\u00ea for uma delas, procure ajuda de um profissional da sa\u00fade mental.
\nNunca \u00e9 tarde para rever quest\u00f5es mal resolvidas.
\nO passado n\u00e3o muda, mas o futuro ainda \u00e9 um livro em branco.<\/p>\n

Traduzido e ADAPTADO por Josie Conti do original em espanhol: 5 heridas emocionales de la infancia que persisten cuando somos adultos<\/p>\n

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Embora n\u00e3o seja regra absoluta, n\u00e3o podemos negar que nossa inf\u00e2ncia e primeiras experi\u00eancias afetivas podem influenciar na maneira como lidamos com os relacionamos posteriores e na leitura que temos das coisas que acontecem ao nosso redor. As boas e m\u00e1s experi\u00eancias infantis afetam sim nossa qualidade de vida quando adultos. Influenciam tamb\u00e9m, depois, na … Continue lendo “5 feridas emocionais da inf\u00e2ncia que podem persistir na idade adulta”<\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_publicize_feature_enabled":true,"jetpack_social_post_already_shared":true,"jetpack_social_options":{"image_generator_settings":{"template":"highway","enabled":false}}},"categories":[3],"tags":[],"jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p6pIac-Yw","jetpack-related-posts":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3752"}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3752"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3752\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":3754,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3752\/revisions\/3754"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3752"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3752"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.elyvidal.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3752"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}