Sonhos que se vão

Tudo estava muito tenso
Tudo
O barulho, a baderna era generalizada
bombas e veículos policiais passando em descompasso com a multidão aterrorizada envolvida em seus nervos à for da pele, buscando respostas que não viriam… E ela estava ali…
Ela estava ali, porque havia marcado essa reunião com ele.
Ela estava ali, porque esse era o momento de os dois se encontrarem e dar um fim àquilo tudo… Eles finalmente resolveram que esse era o momento de partir, partir em busca de uma vida nova,
um novo momento, tudo novo.
E ela olhava nervosa para o relógio, e ele não chegava.
A polícia a poucos passos,
a multidão aterrorizada…
Só se ouvia: “Onde está?”, “o que foi que aconteceu?”
“Até onde isso tudo vai?”
“Porque isso está acontecendo meu Deus?”
Nada, nenhuma resposta plausível, apenas o nervosismo.
Ela olhava no relógio, desesperada, porque ela sabia que algo poderia ter acontecido… E nessa busca incessante, esperava que ele surgisse a qualquer instante, atrás dela, ou na esquina, ou entre a multidão…
Mas nada, nada, nada, nada…
Tratava-se da possibilidade do último encontro,
mas parece que isso não estava nos planos do destino.
Ela ali, e ele, sabe Deus onde.
Ela, depositou toda a sua confiança, nesse último encontro… E ele por sua vez, sabe Deus onde poderia estar,
ninguém poderá responder tão cedo, o que foi que aconteceu naqueles últimos momentos.
O tempo vai passando, a multidão não se dispersa porque o momento é de muita tensão, de muita agonia… Os policiais por ali continuam…
Nenhuma notícia vem ao encontro dela…
Ela não sabe o que fazer, ela não sabe onde procurar,
ela não sabe,
ela não sabe absolutamente nada.
Ela sabe apenas que aquele era o momento do seu encontro,
que ali estava para ser decidida a vida desse casal.
Eles finalmente decidiram ir embora,
eles finalmente decidiram que iriam recomeçar tudo em algum lugar… Mas isso não aconteceu pelo menos até aquele momento,
e ela olhava para o relógio, e olhava para a multidão, e olhava ao longe, e a esperança de que “eu estou aqui!”…
Mas isso não vinha, e ela, ali ficou…
Aquele sonho foi maculado pelo momento de revolta que aquele país estava vivendo. Muito bem, com o passar das horas, algumas pessoas já se renovavam, a multidão já não era mais a mesma…
A única pessoa a olhar no relógio,
a olhar no celular,
a olhar em volta era ela, que ali continuava a espreita de que aquele momento finalmente chegasse, ou terminasse, ou finalmente houvesse aquele encontro, para o qual ela estava ali preparada.
Tratava-se uma fuga para os dois, a fim de poder construir sua família, não reconstruir, afinal de contas, não tiveram ainda uma família. Ela uma menina, provavelmente ele um menino…
Iriam construir seus destinos, mas o momento não vinha.
Não se sabe ao certo o que aconteceu,
não se sabe ao certo como tudo terminou,
não se sabe se ele foi pego pela polícia,
ou se ele ficou sob a bala de algum do último movimento no qual ele participou, não se sabe…
O que se sabe, é que ali estão ancorados sonhos, e que tudo indica, essa âncora não será levantada; não por ele. Tudo indica que ele, já não volta mais…
Esse era o momento, essa é a história ao pé do rádio,
beijos minha gente…
Bye… Fui…

(ap. Ely Silmar Vidal – Teólogo, Psicanalista, Jornalista e presidente do CIEP – Clube de Imprensa Estado do Paraná)

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Mensagem 151119 – Sonhos que se vão – (imagens da internet)

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Autor: Ely Vidal

Olá, eu sou Psicanalista, Jornalista, Teólogo e pai de 7 filhos maravilhosos! Presido o Instituto IESS (Instituto de Educação e Serviço Social) que, dentre outras atividades, provê atendimentos psicanalíticos, suporte jurídico por meio da arbitragem e mediação de conflitos. CIP (Psicanalista) sob nº 0001-12-PF-BR. DRT (Jornalista) sob n° 0009597/PR.

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