Na cruz do calvário a solidão e o sofrimento

Todos temos tido, ao longo da vida, embora o nosso pouco conhecimento, uma ideia, ainda que por imagem tênue e bastante distante, do que tenha sido o sofrimento de Cristo na cruz do calvário, e a forma como ele suportou aquilo tudo.
Lembramos por exemplo, que naquele momento, Ele sentiu a dor, a angústia e a solidão.
E mesmo nessa angústia por conta da traição, apesar da fome, do frio, e tudo o mais que estivesse passando por sua cabeça; mesmo Ele vendo, que apesar de seu sofrimento, os homens à sua volta continuavam sua disputa por poder, pois até suas vestes eram disputadas no jogo, mesmo assim, Ele não nos abandonou e ainda clamou ao Pai que nos perdoasse, pois estávamos envoltos nas trevas da ignorância.

“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.” (Lc 23:34)

Em meio à dor e ao sofrimento, foi buscado, e foi encontrado.
E naquele momento, estamos muito bem representados, por um daqueles malfeitores que estava sendo justiçado por conta de erros efetivamente cometidos.
Mas o Senhor não nos virou o rosto e embora sendo agredido por nossos erros, nos abre os braços e nos dá a palavra de alento de que sim, iríamos com Ele, e imediatamente ao Paraíso.

“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lc 23:43)

E apesar ainda de tanta dor, de tanto sofrimento. Quase já não enxergava, estava maltratado, faminto, com frio, sede, dor e já quase não se aguentando mais, ainda percebe à sua volta que também nós não gostamos de estar sozinhos.
E em um gesto de grande e profunda atenção ao que estava em volta, pessoas que Ele sabia, que encontravam-se já desamparadas pela falta que Ele faria, ainda que muitos nem ao menos se apercebam disso, Ele encaminha um ao encontro do outro. Recomendando para que um seja amparo ao outro.

“Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo 19:26-27)

O relógio corria no anseio da hora derradeira. Sem saber ao certo porque, mas o relógio corria, pois a história precisava ser completada.
Suas dores já não podiam ser contidas em seu peito. A angústia, o desespero, a agonia de não poder contar com ninguém à sua volta, e por conta da materialidade em que estava envolto, quase perdendo totalmente as esperanças, grita, porque seu grito precisava ecoar, a fim de ensurdecer aos que estavam à sua volta, a fim de também confundir a muitos, porque viam, mas não enxergavam; ouviam mas não compreendiam. E Ele gritou:

“E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27:46)

Era o grito desesperado de uma alma aflita, quase desenhando o tudo pelo que passaríamos durante muitos momentos de nossas vidas.
O que Ele dizia ali, nas entrelinhas do desespero que o acometia, era, filho meu, esteja atento à história, porque assim, como eu, não fui abandonado, embora também tivesse tido a mesma sensação, assim também, você não está abandonado.

“E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mc 15:34)

As agruras foram tantas, perseguições sem fim.
Esse era o balanço de uma vida, que tinha o objetivo de resgatar a muitos. Ele sabia tudo o que haveria de passar, Ele conhecia ponto a ponto de toda a história, embora por vezes, até mesmo Ele se sentisse abandonado.
Mas como tudo sabia, porque sabia que as necessidades humanas precisavam daquela oferta, a fim de que hoje pudéssemos ter a certeza da Vida Eterna, Ele mesmo, busca colaborar para que no futuro não houvesse dúvida quanto à predestinação. Pois Ele sabia que tudo isso seria questionado. Mas Ele confirma a sua sede, de justiça, de fé e de amor.

“Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.” (Jo 19:28)

E recebe a moeda equivalente pelo seu pedido, das mãos de pessoas, que como eu, não respeitariam a ninguém.
Pessoas que apesar de sua dor, ainda tentam se divertir, dando-lhe aquilo que não satisfaria o seu pedido. Ele queria justiça, deram-lhe a injustiça; Ele queria o amor, deram-lhe o ódio; Ele queria a fé e a confiança, mas ao contrário disso, cuspiram-lhe mais, xingaram-lhe mais e agrediram-no mais ainda.

“E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” ( Jo 19:30)

Mesmo assim, Ele sorve o vinagre, que representa o amargo fel da desconfiança, da falta de fé, da falta de amor, da falta de justiça, e entrega-se, porque sabe que todos os passos que lhe cabia dar, foram dados. Resta agora, que nós demos os passos que nos cabe.
Ele nos alertou, o momento da hora derradeira está próximo. Ele pode entregar o seu Espírito, porque sabia de tudo e de todas as coisas, e exemplificando a nós, Ele tentou, para que não sejamos pegos desprevenidos, e também nós possamos entregar no momento certo o nosso espírito.

“E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.” (Lc 23:46)

Ele entregou-se e sua agonia teve fim.
A grande jornada foi completada, apenas para que nós pudéssemos, ter a certeza de que também a nossa agonia teria fim.
Por amor a nós, por amor à Sua Santa Palavra e para que tudo se cumprisse, Ele te diz:

“Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Ap 3:11)

Abandone-se hoje mesmo nos braços do Pai, na certeza de que tudo o que estava ao teu alcance, você o fez:

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Tm 4:7)

Assim, terminará a tua jornada e serás recebido como obreiro aprovado, porque o que tinha que ter feito, o fizeste como a Deus.

(ap. Ely Silmar Vidal – Teólogo, Psicanalista, Jornalista e presidente do CIEP – Clube de Imprensa Estado do Paraná)

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Mensagem 021018 – Na cruz do calvário a solidão e o sofrimento – (imagens da internet)

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Autor: Ely Vidal

Olá, eu sou Psicanalista, Jornalista, Teólogo e pai de 7 filhos maravilhosos! Presido o Instituto IESS (Instituto de Educação e Serviço Social) que, dentre outras atividades, provê atendimentos psicanalíticos, suporte jurídico por meio da arbitragem e mediação de conflitos. CIP (Psicanalista) sob nº 0001-12-PF-BR. DRT (Jornalista) sob n° 0009597/PR.

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